Crise de Resíduos no Norte e Nordeste: Brasil Fracassa em Metas e Lixões Persistem

O Brasil não conseguiu cumprir suas metas para a gestão de resíduos sólidos em 2023,  uma crise é persistente na destinação de resíduos. Pedro Maranhão, presidente da ABREMA, critica a situação, comparando-a à “época medieval”. Ele destaca que, dos 80 milhões de toneladas de resíduos gerados, 33 milhões tiveram destinação inadequada, contaminando o meio ambiente e a saúde pública.

Pedro Maranhão reclama da falta de comprometimento com as metas de eliminação dos lixões, originalmente previstas para 2014 e prorrogadas para 2024. Ele pede uma ação mais rigorosa para que prefeitos cumpram a legislação ambiental.

A nova edição do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2023, da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA), aponta que mais de 33 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) foram destinadas inadequadamente em 2022.

O levantamento mostra claramente que 27,9 milhões de toneladas foram enviadas para lixões, enquanto 5,3 milhões foram descartadas inadequadamente por população sem acesso a coleta de resíduos. Carlos Silva Filho, presidente da Associação Internacional de Resíduos Sólidos (ISWA), ressalta que, apesar das metas de reciclagem e tratamento, cerca de 40% dos resíduos ainda têm destinação inadequada. A situação é mais crítica e gravíssima nas regiões Norte e Nordeste, com apenas 36,6% e 37,3% dos resíduos, respectivamente, indo para aterros adequados. Em contraste, as regiões Sul e Sudeste têm o melhor desempenho, com mais de 70% dos resíduos sendo corretamente destinados. A pesquisa destaca a necessidade urgente de políticas integradas e eficazes para enfrentar a crise de resíduos no país.

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