Segundo reportagem divulgado pelo site UOL nesta sexta-feira 17/05, o ministro das Comunicações, mesmo após denúncias de mau uso do dinheiro público Juscelino Filho (União Brasil), na sombra do presidente Lula (PT), mantém sua indicação de Rômulo Barbosa para uma posição estratégica na Entidade Administradora da Faixa de 3,5 GHz (EAF), apesar de denúncias de desvio de verbas públicas. A investigação da Polícia Federal se concentra em supostos desvios de recursos em obras em Vitorino Freire (MA), onde sua irmã, Luanna Rezende (União-MA), é prefeita.
A indicação de Barbosa, ex-diretor do Departamento de Projetos de Infraestrutura e Inclusão Digital do Ministério das Comunicações, tem gerado controvérsias. Ele seria responsável por estreitar os laços da EAF com comunidades locais, em um momento em que a entidade enfrenta pressões políticas para influenciar suas operações.
O ministro Juscelino Filho (União Brasil) busca ampliar a influência de seu grupo em entidades com orçamentos bilionários
A EAF, com um orçamento de R$ 6,3 bilhões, tem sido alvo de interesse político, especialmente em ano eleitoral, devido ao potencial de entrega de serviços à população de baixa renda. A entidade enfrenta a pressão de Juscelino Filho para emplacar Barbosa em um cargo-chave ligado à construção de “estradas digitais” na região Norte.
Este não é o primeiro movimento do ministro para aumentar a influência de seu grupo em entidades ligadas ao leilão do 5G. No ano passado, ele conseguiu substituir a direção da Entidade Administradora da Conectividade de Escolas (Eace), outra organização não governamental criada após o leilão.
A EAF e a Eace controlam um montante de R$ 9,4 bilhões, provenientes de compromissos estabelecidos no edital do 5G. Esses recursos estão sendo usados para financiar projetos de infraestrutura de telecomunicações, como a construção de infovias na região Norte, além de outras iniciativas para levar internet para escolas públicas.
A indicação de Barbosa ainda aguarda aprovação da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, devido ao seu histórico de atuação no Ministério das Comunicações. Enquanto isso, tanto o Ministério das Comunicações quanto a EAF negam que a indicação seja fruto de influência política, insistindo na autonomia da entidade em suas decisões.
Apesar das controvérsias, o ministro Juscelino Filho continua a defender suas indicações, enquanto o processo segue aguardando uma decisão.
Por: Fórum Imparcial
Redação: Dayane Barroso