Na manhã desta quarta-feira, 11 de setembro, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Maranhão, com o apoio das Polícias Civil e Militar do Maranhão e do Gaeco do MP do Tocantins, deflagrou a Operação Timoneiro. O objetivo da operação é investigar um esquema de corrupção na Secretaria Municipal de Infraestrutura (Sinfra) de Imperatriz, com a execução de 25 mandados de busca e apreensão.
Os mandados foram expedidos pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados e estão sendo cumpridos em Imperatriz e no estado do Tocantins. A ação é resultado de uma investigação conduzida pela 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Imperatriz, que identificou indícios de crimes licitatórios, corrupção ativa e passiva, peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e organização criminosa relacionados à contratação de uma empresa de terceirização de mão-de-obra.
Durante a operação, foram encontrados indícios de direcionamento de licitações e contratos fraudulentos. A empresa investigada, inicialmente uma imobiliária com sede em Pernambuco, recebeu mais de R$ 30 milhões dos cofres públicos de Imperatriz, com contratos que foram inicialmente de R$ 3 milhões e atualmente ultrapassam R$ 11 milhões.
A decisão judicial inclui o afastamento cautelar de servidores públicos, a proibição de novas contratações com empresas investigadas e a prisão preventiva de três pessoas envolvidas. A operação mobilizou 56 policiais militares, 26 da Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência do MPMA e 34 policiais civis.
A Operação Timoneiro, nome que alude à função de quem dirige o leme, simboliza a busca por justiça e a erradicação das práticas corruptas que direcionaram os contratos públicos em Imperatriz.